Bota Rota

Saudações trekkianas,

Bota Rota é o nome de um pequeno grupo de trekking que desde 2001 percorre vários espaços naturais só para contemplar o que melhor nos dá a Mãe-Natureza: os animais, as plantas, as paisagens, o silêncio e a camaradagem (aproveitamos e damos algum descanso às nossas cara-metade).

Para além da sensibilização para a conservação do meio ambiente e da biodiversidade, este espaço pretende ser uma exteriorização desses momentos vividos pelos elementos que compõem o Bota Rota.

Aqui, podem ler, contemplar e rir das nossas pequenas aventuras, através dos textos e das fotos que, a muito custo, trazemos para casa, pois após grandes distâncias percorridas, até as fotos pesam!

Como ainda não somos profissionais, as nossas actividades são poucas, pequenas e vagarosas. Portanto, não pensem que estão num blog de grandes montanhistas. Apesar de termos alguma experiência, alguns com mais de 25 anos, o objectivo do Bota Rota é viver, saborear, fotografar, conhecer e não ser um papa-quilómetros!

Espero que, neste espaço, consigamos transmitir toda a nossa diversão em campo e que se divirtam com as nossas vivências, que fazem parte desta curta vida, neste maravilhoso planeta a que chamamos Terra.

Jorge Sousa

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segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Couce – Serra da Pia – Couce


25 de Setembro 2010
Esta data estava reservada para uma caminhada com o “Bando da Cidade se Lei”. Uns dias antes, o Paulo Sorte tinha-me desafiado: fazer um trilho perto de casa.
Assim foi. Escolhi uma zona que conheço bem, não por percorrer trilhos propriamente ditos, mas pelas minhas saídas de campo para fotografar: O Vale do Rio Ferreira, afluente do Rio Sousa, em Valongo. O ponto de partida foi Couce. Uma pequena, esquecida e, agora renovada, aldeia. Li algures, que esta aldeia remonta ao tempo dos romanos, quando estes exploravam esta zona, rica em ouro.
A manhã estava soalheira, previa-se um dia excelente para caminhar.
Saímos da aldeia, atravessamos a pequena ponte e rumamos para montante, pela margem do rio. Mais à frente iniciamos uma subida até à crista do monte. Mais à frente paramos para uma bucha. Pouca coisa porque no carro estava o verdadeiro manjar! É que isto de vir com o BCSL, obriga a outro tipo de aprovisionamento.
O objectivo seguinte era chegar ao marco geodésico de Pias, o ponto mais alto deste local e, também a fronteira de três Concelhos: Valongo; Paredes; Gondomar. Dali, a paisagem era magnífica. Fiquei a imaginar como seria esta serra há 50 anos, antes de ter sido afectada pelo “Ouro verde”.
A Serra da Pia e uma vasta área em redor foi gravemente descaracterizada pelo aproveitamento dos seus recursos naturais, tornando-se numa enorme mancha de eucaliptal, disposta em leiras, rasgadas por estradões. Para além disso, tornou-se depósito natural de entulho e outros “adornos” peculiares. Como exemplo, foram as dezenas, para não dizer centenas, de pneus, espalhados por grande parte do percurso.

Deixamos o marco geodésico e descemos pelos íngremes estradões, até chegarmos ao caminho que nos levou até à aldeia de Couce.
Depois de terminada a caminhada, escolhemos uma boa sombra, na margem do Rio Ferreira, para um repasto merecido, bem regado (mesmo bem regado!).
Não foi fácil voltar para casa!
Um abraço aos meus colegas “Bota Rota” e “Bando da Cidade sem Lei”, pelo dia que me proporcionaram.
Jorge Sousa