Bota Rota

Saudações trekkianas,

Bota Rota é o nome de um pequeno grupo de trekking que desde 2001 percorre vários espaços naturais só para contemplar o que melhor nos dá a Mãe-Natureza: os animais, as plantas, as paisagens, o silêncio e a camaradagem (aproveitamos e damos algum descanso às nossas cara-metade).

Para além da sensibilização para a conservação do meio ambiente e da biodiversidade, este espaço pretende ser uma exteriorização desses momentos vividos pelos elementos que compõem o Bota Rota.

Aqui, podem ler, contemplar e rir das nossas pequenas aventuras, através dos textos e das fotos que, a muito custo, trazemos para casa, pois após grandes distâncias percorridas, até as fotos pesam!

Como ainda não somos profissionais, as nossas actividades são poucas, pequenas e vagarosas. Portanto, não pensem que estão num blog de grandes montanhistas. Apesar de termos alguma experiência, alguns com mais de 25 anos, o objectivo do Bota Rota é viver, saborear, fotografar, conhecer e não ser um papa-quilómetros!

Espero que, neste espaço, consigamos transmitir toda a nossa diversão em campo e que se divirtam com as nossas vivências, que fazem parte desta curta vida, neste maravilhoso planeta a que chamamos Terra.

Jorge Sousa

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Minas dos Carris




















 
27 de Março de 2010

Sábado, hora do costume (6H00), saímos do ponto de encontro para mais uma caminhada no nosso PNPG. Desta vez era para matar saudades: Portela do Homem – Minas dos Carris. Há algum tempo que não fazíamos este trilho. Às Minas temos ido com alguma frequência, com partida de Xertelo, mas da Portela do Homem, creio que não o fazíamos há cerca de 5 anos.
O dia estava soalheiro, fresco mas com sol. Equipamo-nos e iniciamos a caminhada. O trilho estava mais fechado do que a ultima vez, natural – a Natureza reconquistava o que fora seu. Algum tempo depois, começamos a ver alguma neve nos sítios mais frios. Os picos apareceram salpicados de branco. Branco esse, que começou a ser cada vez mais frequente pelo caminho e, quando demos por ela, já pisava-mos um espesso manto. A Blackie, a nossa companheira “Labrador”, começava a enterrar-se mas, mesmo assim, mantinha o seu passo apressado, para trás e para a frente, a percorrer todo o grupo.
Foi realmente uma agradável surpresa ver aquela paisagem coberta de branco. Trilho tinha mudado de cenário!
Quase lá em cima, na Ponte das Abrótegas, observamos o curral, com a sua cabana, quase imperceptível no meio da neve.
Mais um pouco e pausa para uma bucha. Por fim, na última etapa da subida, começamos a ver as ruínas das construções mineiras. Chegamos!
Passagem pelo lago artificial, uma volta pelo casario degradado e… tá na hora da descida! O tempo estava a ficar farrusco, apesar de não ser tarde, convinha não abusar.
Após a nossa saída, passamos por uns caminheiros de nacionalidade espanhola e, mais à frente, uns escuteiros. Cumprimentamos uns e conversamos com outros. Com os pezinhos de molho porque a neve pisada derrete mais depressa, continuamos o caminho.
Um elemento do Bando, cujo nome não divulgo, apenas que começa em Roge e acaba em rio, resolveu fazer um número de acrobacia: duplo mortal encarpado à frente e… estatelou-se no chão! Até a sua cadela teve pena dele! Felizmente para ele, o Bota Rota, um grupo com larga experiência, tinha gelo à mão e, prontamente, resolveu a situação.
Exibicionismos à parte e seguimos o nosso caminho.
Chegamos relativamente cedo e, após troca de roupa, seguimos para as Caldas do Gerês onde fizemos o nosso banquete “A la Bando” do costume.
O frio apertava e a malta, de agasalho e corta-vento lá foi petiscando. Enquanto comemos, o Cafi esteve sempre sem meias e de chinelos de meter o dedo!
- Tenho os pés quentes! – Dizia ele.
Com metade do trilho feito com neve, companhia da melhor, este percurso só podia correr bem! Um abraço aos meus companheiros Bota Rota (mesmo àqueles que não puderam ir) e aos elementos do Bando da Cidade sem Lei.

P.S.: No dia seguinte, soubemos que tinham resgatado umas pessoas de nacionalidade espanhola. Será que foram as pessoas com quem cruzamos nas Minas dos Carris?
Jorge Sousa

2 comentários:

  1. tenho pena de não ter estado presente para trilho mas pela descrição é como se estivesse presente um bem haja e espero estar no proximo continuem amigos

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