Bota Rota é o nome de um pequeno grupo de trekking que desde 2001 percorre vários espaços naturais só para contemplar o que melhor nos dá a Mãe-Natureza: os animais, as plantas, as paisagens, o silêncio e a camaradagem (aproveitamos e damos algum descanso às nossas cara-metade).
Para além da sensibilização para a conservação do meio ambiente e da biodiversidade, este espaço pretende ser uma exteriorização desses momentos vividos pelos elementos que compõem o Bota Rota.
Aqui, podem ler, contemplar e rir das nossas pequenas aventuras, através dos textos e das fotos que, a muito custo, trazemos para casa, pois após grandes distâncias percorridas, até as fotos pesam!
Como ainda não somos profissionais, as nossas actividades são poucas, pequenas e vagarosas. Portanto, não pensem que estão num blog de grandes montanhistas. Apesar de termos alguma experiência, alguns com mais de 25 anos, o objectivo do Bota Rota é viver, saborear, fotografar, conhecer e não ser um papa-quilómetros!
Espero que, neste espaço, consigamos transmitir toda a nossa diversão em campo e que se divirtam com as nossas vivências, que fazem parte desta curta vida, neste maravilhoso planeta a que chamamos Terra.
Jorge Sousa
quinta-feira, 14 de janeiro de 2010
Trilho da Peneda
31 de Outubro de 2009
Apesar de termos saído à mesma hora, esperava-nos uma caminhada diferente. Desta vez, a iniciativa da caminhada não era do Bota Rota mas de um grupo nosso vizinho que se iniciou nas caminhadas recentemente e, gentilmente, nos convidou para participar: O “Bando da Cidade sem Lei”.
O nome pode merecer algumas reservas, mas tem a sua explicação baseada no local onde os elementos do Bando cresceram. O que posso assegurar é que se trata de gente fina, onde a amizade se tornou num valor sólido e especial e isso, para mim, é condição suficiente para merecer a minha admiração.
Assim, bem cedo, partimos para o PNPG, mais concretamente a serra da Peneda, com destino à aldeia homóloga, para fazer o trilho com o mesmo nome (uff!). O trilho, nosso conhecido, é um trilho homologado, fácil, muito bonito e relativamente curto. O ideal para os nossos amigos que pouco conhecem o PNPG.
O início do trilho, feito com algumas reservas entre os dois grupos – quase ninguém se conhecia, à excepção de um ou dois elementos de cada grupo.
De um lado:
- Eles vão sem mochila, sem agasalhos e de calções de futsal?
Do outro:
- Eh pá, os gajos devem ir escalar o Evereste com aquelas botas, de mochilas e polares!
Alguns minutos mais tarde, já toda a gente falava com todos, havia anedotas, piadas, bocas ao moço que foi de depósito vazio porque, dizia ele: “Pensava que íamos andar a pé e não de carro!”
A tudo isto juntou-se outra situação agradável, que já não é a primeira vez que acontece: um cão da aldeia juntou-se a nós e connosco fez o trilho, acabando por levar um (raro) banho na lagoa. O rafeiro tinha um ”pequeno” problema de fabrico: sempre que nos cruzávamos com os garranos, ele desatava a correr atrás deles. Os equídeos para se defenderem chegaram a investir, tentando morder ou acertar-lhe com um coice. Felizmente nada de grave aconteceu, por isso até foi motivo de risota, as desgarradas investidas do pulguento.
Terminamos o trilho no início da tarde. Bem, o trilho terminou mas, para o Bando da Cidade sem lei, parece que estava a começar! Começaram a tirar geleiras em série dos automóveis! Ele era Tupperwares, garrafas, sacos, que nunca mais acabava! Encheram a mesa de iguarias desde as entradas à sobremesa e nós, Bota Rota, só com umas sandes e água… Como diz um elemento nosso: levamos 10 a 0!
Apesar destas diferenças, que acabaram por animar mais os intervenientes, foi um prazer enorme para todos os elementos do Bota Rota fazer este trilho com o Bando da Cidade sem Lei, ficou prometido que não seria o único!
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