É triste. Triste e revoltante. As aberturas dos noticiários revelam notícias bombásticas de vários e repetidos incêndios nas nossas áreas protegidas. Para além do esforço sobre-humano dos nossos “Soldados da paz”, que lutam com a vida para minorar estas catástrofes, temos a toda a hora, queixas de uns e de outros sobre quem incendeia e sai incólume, sobre a falta de vigilância, a falta de meios e até, a falta de vontade politica.
No meu humilde ponto de vista, acho que os nossos governantes, na sua poltrona, engravatados, não têm a verdadeira noção do que se passa no terreno: “são uns matos que ardem, é preciso ter cuidado com as casas, mas enquanto é mato… ou “bichos”!”
Para eles, existem assuntos mais importantes, que lhes dão mais notoriedade, mais votos.
“O que é preciso são coisas com o “choque tecnológico”!
Essas coisas de ter o mato limpo, são para os particulares. São eles que têm de ter as matas limpas.”
Nas áreas protegidas, o que é preciso é limitar as visitas a zonas, cada vez mais restritas, para as “áreas de ambiente rural”. As “áreas de ambiente natural”, essas o melhor a fazer é, não proibir, mas taxar forte e feio! Assim, as visitas ficarão para alguns malucos endinheirados. Ou então para as empresas de turismo-aventura que também pagam uma licença mas dessas actividades obtêm lucros, onde colocam os seus clientes “ao molho” como carneirinhos, pelo monte acima
Mas nem tudo é bom para os políticos! Às vezes até fazem os seus sacrifícios. Lá interrompem as suas férias e vestem a sua farpela e vão ver o “Teatro de Guerra”. O mato a queimar. Para o efeito, obrigam a preparar uma comissão de recepção, que fica mais preocupada com os ilustres convidados do que com o teatro de operações. Para a comunicação social, dão “umas a abater”, que nem tudo é mau, não é o que parece, o que ardeu, daqui a uns anos, já está recuperado, etc., etc.. Parecem aquelas pessoas que têm uma doença grave, mas que não querem que os vizinhos saibam. Mais tarde, os vizinhos constatam que se pode morrer com boa saúde! Assim é o nosso País…
Jorge Sousa
Jorge Sousa
Jorge, nada mais te posso dizer que tens toda a razão no que dizes. Fico revoltado e ao mesmo tempo angustiado quando vejo as noticias, fazem mesmo doer o coração! Andam aí cobardolas a colocaram fogo as matas porque cá para mim são incentivados para isso. O maldito "dinheiro" fala sempre mais alto. Conversa de café e dita cá pelo povo, eles lá dizem... " assim fica a madeira mais barata, as casas de mangueiras precisam de vender... com jeitinho fica quase preparar para construir.. " coisas ditas pelos populares e estou certo que a razão não está longe dos 100%. Era preciso mão grossa em cima desses criminosos... (ai meu Deus se um dia vejo um a fazer isso a floresta..., juro por Deus que pagará da mesma moeda) isto foi só um desabafo porque ao escrever este comentário já me sinto revoltado e cheio de raiva das atitudes de alguns... estamos num mundo de " MERDA" onde o lixo é no chão, onde o verão é sinonimo de incêndios, onde a crise é só para alguns e a lei está por lado dos criminosos.. é isto o nosso mundo. enfim... Alguns animais ainda estão a criar os seus filhotes e o fogo tem destruído isso tudo.. Ponham-se no lugar desses animais. a angustia que deve de ser. E melhor procurar. um dia no supermercado, além dos produtos habituais... teremos no principio da lista.. Mascaras e Garrafas de oxigénio transportáveis... porque por este andar meus amigos, não vai haver fotossíntese que chegue para todos.. Desculpem o desabafo. Cumprimentos a todos.
ResponderEliminarhttp://detalhesnaturais.blogspot.com
http://viciodafotografia.wordpress.com
Viva Jorge!
ResponderEliminarA revolta entre nós impõe-se pois o silêncio é cúmplice de quem leva a cabo estes atentados contra todos nós!
Abraço!
É aterrador atravessar o nosso Portugal e só ver nuvens de fumo e chamas... estive este fim de semana no Geres e é aterrador o que se vê.
ResponderEliminarInfelizmente a culpa vai sempre para os mesmos, os incêndiarios (não quero com isto dizer que são santos) mas parece-me que a culpa esta muito acima destes pobres de espírito.
Tenho um pequeno terreno num monte entre Ponte de Lima e Vila Verde que todos os anos ardia, e quando dizia todos os anos era mesmo todos os anos. Ate que um dia a Portucel propôs o aluguer do terreno para plantação de eucaliptos.
Dês dessa data nunca mais o monte ardeu, e não me digam que não e porque não há interesse, porque isso é o que há mais.
Ainda este ano as chamas iam em direcção aos terrenos que a Portucel tem alugados, mas mal la chegou foi apagado e não mais voltou a reacender.
Há muitas coisas que me revoltam, uma delas é como a Protecção Civil diz que um fogo esta controlado e quase extinto e no dia a seguir volta ainda mais forte.
Se um "privado" consegue, porque é que o publico não? Falta vontade de muita gente para resolver este problema...